Projecto Terras Quentes

Evolução crono-cultural do Concelho de Macedo de Cavaleiros desde a Pré-história recente.

Justificação

Na sequência da tomada de posse do novo executivo Camarário, saído das últimas eleições autárquicas de 16 de Dezembro de 2001, manifestou este o interesse em tornar o Concelho de Macedo de Cavaleiros mais visível através, do estudo e da divulgação dos registos históricos ai existentes, lacuna que pretende colmatar pois, até ao momento, tirando algumas referências significativas na obra do Abade Baçal e de António Pereira Lopo, nem a nível de história nem da pré-história recente o concelho tem merecido da parte dos investigadores a atenção devida.
Todavia numa simples leitura á base de dados do Instituto Português de Arqueologia verifica-se que se encontram registadas 36 entradas de potenciais sítios com interesse arqueológico, sem que no entanto um único tenha sido sujeito a intervenção de investigação, registando-se somente duas intervenções de contracto efectuadas por Pedro Sobral de Carvalho no “ assentamento romano da Terronha de Pinhovelo” e nos “ Habitats Pré-Históricos do Alto da Madorra e Urreta das Mós” respectivamente entre 17 de Março e 28 de Maio de 1997 e de 5 de Maio a 5 de Junho do mesmo ano as quais, necessariamente, produziram o respectivo “relatório”, publicado na colecção “Em Busca do Passado 1994/1997” da Junta Autónoma das Estradas.
Neste sentido foi o signatário do projecto convidado por um elemento da autarquia a visitar vários sítios, entendidos com valor histórico-arqueológico em que a maioria deles constam da referida base de dados do Instituto Português de Arqueologia ou ainda nas obras “ Pré-História recente do Planalto Mirandês” de Maria de Jesus Sanches, e “ Povoamento Romano de Trás-os-Montes Oriental”, Volume II a – Catálogo de Francisco Sande Lemos. Destes contactos surgiu a intenção, já concretizada , da elaboração de um protocolo de cooperação científica a ser estabelecido entre a Câmara Municipal de Macedo de Cavaleiros, e a Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa através do seu Instituto “Alexandre Herculano” sendo para o efeito das intervenções arqueológicas que constituem a razão do projecto “Terras Quentes” elaborado um anexo ao mesmo protocolo ,que foi sobrescrito, para além destes dois intervenientes, pelas Juntas de Freguesias, dos Cortiços, Vale da Porca, Salselas, Ferreira, Lamas de Podence, Edroso e Amendoeira, autarquias locais onde se situam os arqueosítios do projecto, e ainda a Associação de Salvaguarda de Património “ Os amigos do Museu rural de Salselas”.

Área Geográfica de intervenção

O Concelho de Macedo de Cavaleiros, criado na reorganização administrativa de Mouzinho da Silveira de 31 de Dezembro de 1853, é um lugar com referências desde o século XII, integrado nas terras de Lampaças e de Ledra, as inquirições de D. Afonso III dão-nos notícias do Villar de Masaedo, Ocupa um espaço geográfico de 698 Km2 situado na terras de transição entre a Terra Fria e a Terra Quente, estendendo-se dos contrafortes ocidentais da serra da Nogueira até ao rio Sabor e do planalto de Quintela até aos contrafortes setentrionais da serra de Bornes, possuindo condições ecológicas muito favoráveis ao assentamento de comunidades (Lemos 93:178), presentemente englobando 38 freguesias com um total de população recenseada de 17.445 habitantes.

Programa de trabalho do projecto

Pretende o projecto “ Terras Quentes” tentar observar a evolução e dinâmicas crono-cultural das diacronias a estudar, entendendo-se o espaço geográfico de intervenção como uma entidade arqueológica globalizante, portadora de gestos modeladores, estratégias de ocupação/apropriação de espaço, organização social, subsistência e conceptualização, utilização dos ecossistemas, que retratem a totalidade das actividades sociais humanas e respectivos padrões de ocupação. Pretende-se ainda definir áreas de captação de recursos e territórios de utilização imediata; estudo arqueométrico das fontes de matéria prima, entrar em comparação com idênticos arqueosítios regionais afim de encontrar lógicas de produção, circulação e consumo, para caracterizar estruturas e dinâmicas das sociedades e a sua rede de inter-relações regionais com as áreas envolventes nomeadamente com o Nordeste Ocidental e Meseta Norte Espanhola.

Trabalho de campo

Tem por objectivo a definição e caracterização das áreas a intervir, procura de territórios de exploração e captação de recursos, incluindo a inventariação prévia a partir da cartografia geológica e mineira existente, com posterior confirmação no terreno, nomeadamente , argilas (barreiros) , anfibolitos , sílex local assim como, o acervo mineralífero regional de ouro, cobre, estanho etc. A escavação arqueológica privilegiará, sempre que possível, a intervenção “ em área” a fim de possibilitar o estabelecimento de parâmetros espaço-temporais específicos, portadores de uma carga teórica relevante á associação contextual tendo em vista a possibilidade de mobilização de informação tendente a atingir os objectivos do projecto.
Dentro da vigência do projecto, prevêem-se acções de valorização patrimonial, nas intervenções a levar a cabo nos arqueosítios do Forno de Salselas, Cabeço da Anta e Mamoa de Santo Ambrósio.

Trabalho de Gabinete/Laboratório

O tratamento dos dados obtidos no terreno, quer previamente quer durante o desenrolar do projecto, resultará num trabalho de gabinete/laboratório que consistirá nos seguintes aspectos:

  1. Estudo tipológico-estatístico assim como o estudo da variabilidade e transformação dos artefactos recolhidos, envolvendo o seu desenho parcial e o seu restauro bem como a análise ás tecnologias de produção em análogo conveniente.
  2. A fim de se proceder ás correlações e análises comparativas intra e inter-regionais utilizar-se-á meios informáticos e far-se-á a sua integração numa base de dados.
  3. Está prevista a aquisição de serviços para análises laboratoriais de radiocarbono, antracológicas e osteológicas das amostras de matéria prima e artefactuais recolhidas e seleccionadas ou, na sua insuficiência, mediante a aquisição de serviços em projectos complementares.
  4. Estudo da morfologia e estratégias de povoamento, sua dimensão e transformação ao longo da diacronia prevista no projecto, tendo em vista a ampliação do quadro cronológico de referência local, assim como a correlação com áreas circundantes.
  5. Estudo da origem, circulação e variação espaço temporal de matérias primas e produtos acabados no âmbito da área geográfica e diacronias cobertas pelo projecto.
  6. Preparação e museolização de sítios e integração de espólio em unidades museológicas do Concelho.

Objectivos a 4 anos

Pretende-se no final desta primeira fase do projecto (4 anos), ter acervado dados que nos permitam elaborar bases para a construção de modelos interpretativos, tendentes a futuras etapas de investigação sobre a génese e desenvolvimento das sociedades da área e diacronias abrangidas pelo projecto assim como o estabelecimento das correlações possíveis com realidades coevas regionais. Pensamos nesta primeira fase chegar a resultados finais nos sítios “ Mamoa de Santo Ambrósio” ,“Cabeço da Anta” e “Forno de Salselas” . No que respeita à possível Atalaia de Nossa Senhora do Campo não temos dados, que nos permita avançar com qualquer previsão, pensamos contudo que seja possível ter informações mais concretas no relatório a apresentar no final do primeiro ano de intervenção. No que respeita aos povoados do Cramanchão, Bovinho, Sobreirinho e Terronha de Pinhovelo, não nos parece possível, pelos dados obtidos, neste último caso, por Pedro Sobra de Carvalho em 1997, assim como pela verificação da dispersão dos materiais de superfície resultante da batida de campo aquando da visita aos locais do Cramanchão e do Bovinho, chegar a resultados finais durante a vigência do projecto, pensamos contudo ser factível chegar a conclusões seguras que nos permita construir modelos interpretativos sobre aos três arqueosítios, mormente no que respeita a padrões de ocupação e semantização do espaço.

Sítios a intervencionar

Tem este item como objectivo fazer uma transcrição exaustiva de tudo o que de relevante existe referenciado na bibliografia disponível. O critério utilizado para a escolha dos sítios a intervencionar, teve em conta o seu interesse científico, integrado dentro do objectivo do projecto “ Terras Quentes”, ou seja, observar a evolução e as dinâmicas crono-culturais do Concelho de Macedo de Cavaleiros. Assim, optou-se na escolha para intervenção em sete arqueosítios, com aparente diferente diacronia, espalhados espacialmente por uma grande área do concelho abrangendo sete freguesias.

Por outro lado , atendeu-se a todas as referências bibliográficas existentes sobre os sítios escolhidos tendo-se feito, como nos referimos na introdução, (acompanhados por representantes da Autarquia) uma verificação in loco aos mesmos, confirmando a verificação e certificação efectuada já por outros especialistas, como é o caso da Mamoa de Santo Ambrósio, Terronha de Pinhovelo, Cramanchão, Bovinho e Forno de Salselas. No caso do Cabeço da Anta. O que nos foi mostrado, não denota vestígios da existência de uma Anta ( conforme referência do Abade Baçal), contudo há a suspeição da existência no local de arte rupestre de ar livre.

Cramanchão

a. “Há no termo dos Cortiços, lenda de moura e tesouros encantados, ligada ao sítio da Fonte Velha e do Cramanchão, onde « viveu» mourama, e aparece cerâmica e vestígios de ruínas, que são indicio de povoação extinta (Alves;IX-494).

b. Cramanchão ( nº 165)
Cortiços ( 40510)
Carta 1:25.000 : 77
Coordenadas: 291.0; 506.0
Altitude: 470 metros
“ No topo aplanado e extenso de um cabeço sobranceiro à ribeira do Carvalhal, afluente do Tua, distinguem-se alinhamentos de muros que afloram de uma forma dispersa e, observam-se disseminados pela superfície do solo, inúmeros fragmentos de material romano. Não se nota qualquer indício de fortificações ou de talude circundantes. O contexto pedológico é favorável às culturas cerealíferas; na ribeira corre bastante água. Esta estação fica próxima da estrada municipal que liga Cortiços a Romeu.

Romanização; Povoado romano

Bibliografia: Alves, 1934:494; Neto 1975:234; Lemos e Oliveira 1984; Alarcão 1988:42 ( Lemos; 1993:186 e 187)

c. CRAMANCHÃO , Cortiços, Macedo de Cavaleiros. Cerâmica de construção e doméstica. Informação do Serviço Regional de Arqueologia da Zona Norte. (Alarcão, 1988:42)

d. Sobre este arqueosítio, pode-se ler na base de dados do Instituto Português de Arqueologia:

Designação do sítio – Cramanchão
CNS – 2019
Tipo de Trabalho – Relocalização/Identificação
Tipo de sítio – Habitat
Período/Notas – Romano

Ano do Trabalho – 1999
Projecto – Relocalização de sítios pela Extensão do IPA – ; Macedo de Cavaleiros.
Descrição: Sítio arqueológico que testemunha a ocupação romana do Vale de Carvalhais, estando em associação com solos favoráveis ao cultivo de cereais. Não se observam vestígios de muralhas, nem tão pouco o local é favorável a fins estratégicos. À superfície recolhe-se muita tégula, tijolo e fragmentos de cerâmica comum romana.
Resultados: No local foi recolhido , por uma habitante local, alguns numismas de cronologia romana, dormentes e moventes de mó, fragmentos de sigillata e algum espólio metálico . O grau de ameaça de destruição do Sítio é elevado, devido ao avanço de duas pedreiras localizadas nas suas imediações, a Norte e a Sul da estação arqueológica.
Ref. Bibliográficas: Memórias Arqueológico-Históricas do Distrito de Bragança/1983 – O Leste do território Bracarense/1975
Arqueólogos – António Luís Pereira/Responsável. (www.ipa.min-cultura.pt)

Bovinho

Tipo de sítio: Povoado Fortificado
Período/notas: Idade do Ferro
CNS : 2011
Localização: Edroso

Descrição: Também designado por Poço dos Mouros é um longo cabeço de forma longitudinal no sentido SE-NW e com pequena largura. Defesa natural do lado Norte e um pouco também do lado Sul. No canto Sudeste talvez vestígios de um fosso. Muralha a toda a volta, havendo também uma que cortaria o cabeço sensivelmente em dois, no sentido da largura. No canto Este há um poço fundo ( que os populares dizem ter 20 metros de fundura) agora parcialmente atulhado. Muita tegulae à superfície. O lado Norte está coberto de urze, giesta, estevas e pequenos carvalhos. (www.ipa.min-cultura.pt).

Necrópole do Sobreirinho

Tipo de sítio: Necrópole
Período : Medieval Cristão
CNS : 2022
Localização : Ferreira

Descrição: Elevação geográfica, dominante na região sendo cercada por uma muralha. (www.ipa.min-cultura.pt)

Lamas (Nª Sr.ª do Campo (Facho))

“ Atalaia – A Oeste da povoação num outeiro há uma antiga ermida dedicada a Santa Bárbara. “A Oeste deste Outeiro há outro mais alto chamado Facho onde existiu um antiquíssimo Facho” (Gr. Enc. Port. E Bras. Vol. XIV-598)

Salselas (Cabeço da Anta)

“ Anta – A um quilómetro a Norte de Salselas fica o Cabeço da Anta, mencionado já em 1691. Num pequeno circuito na coroa do outeiro aparecem “ dois grandes penedos de xisto, que bem poderiam pertencer aos esteio de anta, ainda assentes no sítio primitivo, e outro um pouco desviado” Alguns blocos de xisto, mas mais pequenos encontravam-se espalhados pelo terreno a uma ou duas dezenas de metros. ( Alves; IX: 570, 705 e 706)

Pinhovelo ( Terronha)

a. “ Terronha de Pinhovelo ( nº 154); Pinhovelo – (Freg.) Amendoeira (40502); carta 1:25.000: 77; Coordenadas 296.0;519.0; Altitude 650 metros.
Povoado, de média dimensão, instalado no topo de um cabeço de vertentes suaves, em plena depressão de Macedo de Cavaleiros, numa área com excelentes solos cerealíferos, lameiros e água, distribuídos pelos pequenos vales adjacentes. Fica sobranceiro à aldeia de Pinhovelo. Por todo o cume e nas vertentes ocorrem numerosos fragmentos de material romano: tegulae, imbrices, cerâmica comum- Um talude circunda o topo aplanado do cabeço, sem que , no entanto, seja possível descortinar qualquer troço de muralha. Poderia tratar-se de uma fortificação tardia. Não há motivos para admitir que neste local houve um castro. De acordo com as fontes bibliográficas citadas, provém deste sítio as estelas funerárias publicadas e recolhidas ao Museu do Abade Baçal.
No entanto, localmente, pudemos observar uma lápide de difícil leitura, que teria sido achada no quintal de uma casa solarenga de Pinhovelo, situada a sudoeste da Terronha, passando a linha de água que contorna o monte. Admitimos que nesta área se localizava a necrópole. Pinhovelo foi importante povoado na Idade Média, adquirindo o estatuto de vila, e conservando como testemunho desse período o pelourinho.
Romanização; Povoado Romano
Bibliografia; Alves, 1934; Neto 1975:230; Lemos e Oliveira 1984; A.C. Silva 1986:99; P. Lopo 1987:100. (Lemos 1993:182)

b. “ A intervenção arqueológica desenvolvida neste local, permitiu a descoberta de duas ocupações arqueológicas, sendo uma o esperado assentamento romano e a outra, de cronologia anterior, provavelmente da Idade do Ferro ou mesmo do Bronze”( Carvalho;1997:130)
“ Resultados finais… O assentamento romana da Terronha, bibliograficamente citado deste os anos 20, assume características peculiares que o transformam numa das principais estações arqueológicas do nordeste de Portugal” ….. “ A identificação de estruturas de carácter doméstico adossadas à muralha, bem como a dispersão superficial dos achados, leva-nos a crer que o núcleo do povoado se encontra no topo da plataforma superior, onde foi inclusivamente, identificado um conjunto de fornos … a observações de vestígios de mineração perto deste povoado leva-nos a considerar a exploração mineira como um dos alicerces económicos deste assentamento … A monumentalidade de algumas estruturas postas a descoberto enquadradas num espaço geográfico magnífico, associadas ao seu interesse científico, colocam esta estação arqueológica numa posição privilegiada no contexto da arqueologia do Norte de Portugal. (Carvalho; 1997: 146 e 147)

c. 2/62 TERRONHA, Amendoeira, Macedo de Cavaleiros. Inscrições funerárias, transportadas para a aldeia vizinha de Pinhovelo, moedas de cobre e prata, sigillata “tegulae”, provam que este castro foi consideravelmente romanizado. ( Alarcão: 1988:42)

Salselas (Forno)

a. Da Base de dados do Instituto Português de Arqueologia, retirámos os seguintes dados:

“ Designação – Salselas
Tipo de Sítio – Forno
Período – Indeterminado
CNS – 13218

Descrição – Estrutura em tijolo composto por “ Câmara” com abertura para o exterior em forma de V invertido, e com abertura perfurada em pequenos orifícios simetricamente dispostos. Para o interior da estrutura convergem pequenos canais.
Tipo de Trabalho – Relocalização/Identificação
Ano do Trabalho – 1999

Resultados – Para o interior da estrutura convergem pequenos canais cuja funcionalidade se desconhece. À superfície foram encontrados significativos fragmentos de telha de “ meia cana”, o que permite colocar a hipótese de se tratar de um forno de fabrico de telha.
Bibliografia – Neto, Joaquim Maria “ O Leste do território Bracarense”1975 e Alves, Francisco Manuel “ Memórias Arqueológico-Históricas do Distrito de Bragança, 1983
Arqueólogos – Leonor Raquel da Fonseca Sousa Pereira/Co-responsável; Pedro Francisco Baere de Faria/Co- responsável. (www.ipa.min-cultura.pt)

Vale da Porca (Mamoa de Santo Ambrósio)

a. …. “ A norte desta província apenas se conhecem dois monumentos: a “ Mamoa de Donai” ( Bragança) e a “ Mamoa de Santo Ambrósio. Mesmo que estes números acusem a falta de prospecções sistemáticas, acreditamos que reflictam a realidade… (Carvalho; 1997:95)

b. Na obra de referência de Maria de Jesus Sanches “ Ocupação Pré-Histórica do Nordeste de Portugal, lê-se a páginas 36:
……“Na metade norte da província conhecem-se somente uma mamoa( Santo Ambrósio) junto a Macedo de Cavaleiros e uma outra, mais a norte, em Donai ( Bragança)No Alto Douro, a sul do rio Douro não temos notícia de qualquer monumento. Esta fraca densidade, ou mesmo ausência particularmente a norte pode acusar também a falta de prospecções sistemáticas. Porém , as regiões mais bem conhecidas dão-nos a ideia de que embora nem todos os monumentos possam estar identificados, a “ paisagem megalítica ou tumular” de todo o leste de Trás-os-Montes é marcada pela raridade de monumentos, podendo existir , contudo, algumas regiões ou micro-regiões com maior densidade. Seria o caso do Planalto Mirandês , da bacia de Mirandela e, eventualmente, do planalto de Carrazeda/Vale de Vilariça. Este tipo de distribuição e de densidade parece-nos muito familiar àquele que G. Delibes e Val Recio recentemente referiram para a província de Zamora”…