PROJECTO VIAS AUGUSTAS II
TRAÇADO DA VIA XVII (BRAGA-ASTORGA)
Caminho do Bugio – Argana
RELOCALIZAÇÃO, INVENTARIAÇÃO E RECUPERAÇÃO DO TRAÇADO DA ESTRADA ROMANA (VIA XVII) EXISTENTE NO CONCELHO DE MACEDO DE CAVALEIROS
RELATÓRIO DE PROGRESSO (REPRODUÇÃO PARCIAL)
(Trabalhos de 2005)
Carlos Mendes [1]
Dezembro 2005
1. Introdução
Os trabalhos de prospecção para relocalização inventariação e recuperação do traçado da via XVII (variante sul) que atravessa de Nascente para Poente a parte norte do Concelho de Macedo de Cavaleiros, foram efectuados a convite da Câmara Municipal de Macedo de Cavaleiros à Associação Terras Quentes, no âmbito do projecto VIAS AUGUSTAS II – TRAÇADO DA VIA XVII (BRAGA-ASTORGA).
2. Localização
Várias são as propostas de localização do traçado da via XVII, pelo Concelho de Macedo de Cavaleiros. Salientam-se as propostas de Rodríguez Colmenero [Colmenero, 2004, 143] e de Tarcísio Maciel [Maciel:2005, 108-109].
Foto 1. Proposta do traçado da via XVII que atravessa o Município de Macedo de Cavaleiros por Rodríguez Colmenero [Colmenero:2004,110 e 143]
A Via XVII (variante sul, Chaves/Babe) atravessa o território Macedense em cerca de 7 km (pela proposta de Rodríguez Colmenero, como pelo traçado apresentado por Tarcísio Maciel, os quais pouco diferem), entrando no Concelho a nascente do termo de Vila Nova da Rainha, passando por Lamalonga, aqui terminando junto ao termo de Agrochão, já no concelho de Vinhais.
3. Estado dos conhecimentos
Não compete a este trabalho tecer teorias sobre a totalidade dia Via Militar romana designada por via XVII, que saindo de Braga se dirige em direcção a Astorga, já em território Espanhol, mas tão-somente debruçar-se sobre o troço que trespassa a parte norte do Concelho de Macedo de Cavaleiros atravessando a sua freguesia de Lamalonga. Daí reduzirmos o estado dos conhecimentos àquilo que vários autores têm escrito sobre esse traçado e comparar com os resultados dos trabalhos agora desenvolvidos. Chamámos à colação aqueles que nos pareceram mais significativos.
Albino Pereira Lopo
Albino Pereira Lopo, nos seus apontamentos arqueológicos a páginas 36 referindo-se à via militar romana de Chaves a Babe afirma: Se reflexionarmos, ponderadamente, sobre as antiguidades encontradas nesta povoação, na de Castrelos, na de Lamalonga…., e nos padrões ou marcos miliários de que os diversos autores nos têm dado notícias, encontramos definitivamente o trajecto da via militar romana de chaves a Babe, sem admitir dúvida ou hesitação alguma conforme vai marcada na carta cartográfica da região. Quer-me também parecer que, o confronto e importância de todos esses achados arqueológicos com o conhecimento das milhas indicadas no Itinerário de Antonino, nos permitem fixar algumas estações ou cidades, compreendidas naquele percurso e referidas no mesmo itinerário. Assim parece concluir-se do seguinte quadro em que as milhas indicadas são as de que se serviu o professor José Henriques Pinheiro no seu livrinho “Estudos da estrada militar romana de Braga a Astorga, pág. 13”.
A página 96 da mesma obra este autor referindo-se ao achado de dois miliários em Lamalonga, ressalta a sua importância desfazendo as dúvidas sobre a direcção seguida pela via XVII, assim: …. Mas se, como provado fica, estas marras nenhuma relação têm com a via militar romana de Chaves a Astorga, nem por isso essa estrada deixou passar nesta povoação (Lamalonga) como o confirmam os dois cipós ou miliários encontrados juntos da capelinha de S. João e que a fotografia representa. Estavam enterrados a Sudoeste da Capela e são cilíndricos e de granito grosseiro: medindo o de pé 1,72m de alto e 1,73 de circunferência na parte mais grossa; e o outro tombado 1,66 de alto por 1,5m de circunferência. Este está tão deteriorado, que não se lhe vêem indícios de ter tido qualquer inscrição; naquele porém, posto que esteja bastante estragado, pode ainda ler-se a inscrição indicada no desenho. A 1ª linha está completa e bem clara, não admitindo dúvida, isto é: IMP FLAVIO VALLERIO, esta ultima com LL em vez de Valério. Na 2ª lê-se só, mas distintamente, CONSTANTIO. A 3ª está tão mal perceptível, que só depois de longo e aturado estudo é que se puderam reconstituir algumas letras: talvez OS ou B em vez de O; e L em vez de S. Na 4ª Vêem-se só distintamente as letras que vão indicadas. Não vi sinais de outra linha. A inscrição julgo-a fielmente copiada, regulando a grandeza das letras por 0,40m. Esta importante descoberta arqueológica veio desfazer todas as dúvidas e hesitações que havia sobre a direcção seguida dessa via de Chaves a Babe, como se vê no traçado junto da notícia das Antiguidades do Castelo d’Avelãs.
António Rodríguez Colmenero; Santiago Sierra e Ruben Asorey
Rodríguez Colmenero, na sua obra Miliários e Outras Inscricións Viárias Romanas do Noroeste Hispânico, refere-se assim aos 7 km da via que passam a norte do Concelho de Macedo “ Desde Val de Gouvinhas, a calzada avanzaba case en liña recta cara à ponte romana da Torre de D. Chama, desde onde, pólo norte e sem toca-la poboación deste nome, ascenderia, pola suave ladeira ali existente, camiño da aldea de Lamalonga, onde foram atopados outros dous miliarios (nºs 115,116) segundo se verá. Avanzaría seguidamente por Agrochao, Penhas Juntas e Edrosa” [Rodríguez Colmenero: 2004; 110]
Tarcísio Maciel e M. Justino Maciel
A obra destes autores “ Estradas Romanas no Território de Vinhais – a antiga rede viária e as suas pontes é sobretudo uma monografia, não deixando contudo, os autores, de tecerem considerações sobre o que se passa a montante e a jusante do território em análise. Transcrevemos a parte do texto referente ao território Macedense: … A partir daqui (ponte da pedra) até Castro de Avelãs a via não precisava de pontes, vadeando facilmente os pequenos cursos de água que se lhe deparavam entre os lombeiros montanhosos. Surge então Lamalonga, onde se registam dois marcos, um dos quais de Constâncio Cloro, encontrado em 1907 (Lopo, 1987, 96-97; Baçal 2000, 60,194 e 199; Redentor, 2002, 186-187).
Passando seguidamente a via um pouco desviada de Fornos de Ledra e do Castro de S. Brás (Lopo, 1900, 279-280) em direcção ao Cabeço do Marco (Agrochão de Vinhais) 5 topónimo de clara alusão a um miliário, onde referenciámos em 1996 e uma ara entretanto depositada no Museu de Agrochão. Deixando a Sul o Castro da Senhora da Piedade, a via seguia por Falgueiras, Penhas Juntas, com o seu Castro Mau (Baçal, 2000,182), Edrosa, também com o seu Castro (Baçal, 2000, 182), Portela do Zoio (Breia) aproximando-se então de Carrazedo….
Notas do texto
(4) No decorrer do nosso trabalho demos conta da recente colocação de um marco anepígrafo, junto à estrada logo à saída da aldeia, cuja foto aqui publicamos (foto 16)
(5) José Henriques Pinheiro faz seguir a via por Rebordões, Sacóias e daí a Castro de Avelãs. (Pinheiro 1895, 50) diz mesmo que ali seria a mansio de Roboretum, assim como a de Compleutica seria Sacóias (Pinheiro, 1895, 50 a 52).
Outros autores foram consultados, havendo a reter a dificuldade do tema, parecendo que só recentemente se está a alinhar ideias sobre o traçado sul da via XVII, Chaves-Babe, afirmando em 1955, Lereno A. Barradas, (Barradas; 1955;160) que … Estes supostos traçados não se ajustam, em muito dos seus troços, como é natural, ao que se observa no campo, e às próprias indicações do «itinerário», em especial no que se refere a distâncias, apresentando voltas escusadas, com percursos extensíssimos, sem finalidade objectiva, à margem da economia dos transportes de pessoas e mercadorias, com perdas de tempo e de comodidades, e por conseguinte sem interesse prático, sobretudo sob o ponto de vista militar, que exige rapidez de comunicações.
Por estas razões não julgamos aceitáveis as hipóteses apresentadas por quase todos os autores que particularmente se têm ocupado destes estudos. Assim, por exemplo, entre outros, estão neste caso o percurso suposto por Argote, de Travassos da Chã a Chaves, passando por Ciada, Soutelinho e Pastoria……. Os de Hübner, ligando Chaves a Astorga, por Bragança. Os do Abade de Baçal, Albino Lopo, Celestino Beça e J. H. Pinheiro, com diversas variantes no distrito de Bragança, mas todas muito sinuosas. Todos eles mencionam locais, que a este respeito devem merecer confiança, mas fazendo parte de troços de vias diferentes que ainda não foram suficientemente destrinçadas, sem ligação entre si……
4. Metodologia
A metodologia utilizada teve em conta, nesta primeira fase, os objectivos dos trabalhos, isto é, fazer uma prospecção no sentido de se proceder à relocalização/identificação e caracterização do traçado, possíveis variantes e sítios arqueológicos assim como de outros valores patrimoniais associados, tendo em conta as informações dos trabalhos já efectuados por diversos autores bem como as informações retiradas dos trabalhos que a Associação Terras Quentes vem desenvolvendo no Concelho de Macedo de Cavaleiros, ou ainda pelas informações orais recolhidas junto das populações, relacionadas com o percurso, no sentido de estabelecer a sua posição original.
Procedeu-se à inventariação e descrição exaustiva do percurso e seus elementos, métodos de construção e respectivo registo cartográfico à escala 1:25:000 e fotográfico em formato digital de todas as fases do trabalho. Cada elemento foi classificado e inventariado e descrito numa ficha de sítio, segundo os descritores estabelecidos no Tesaurus do Endovélico do Instituto Português de Arqueologia.
Foram definidas as necessidades de restauro ou valorização, com o fim de se proceder às acções de recuperação e revitalização para fins turísticos dos Itinerários romanos do Norte Peninsular.
5. Trabalhos
Os trabalhos foram desenvolvidos em vários períodos durante os meses de Setembro (5/10; 19/24 e 26/30) e Outubro (12/19, 23/25 e dia 30). Participaram nos trabalhos, os Arqueólogos Carlos Mendes, Lúcia Miguel, José Miguel Costa Rodrigues, João Tereso e Helena Barranhão.
Privilegiou-se numa primeira fase de prospecção a identificação dos traçados propostos pelos vários autores, mormente Rodríguez Colmenero
5.1. Análise descritiva aos troços prospectados:
5.2. Vila Nova da Rainha (Mapa 1 troço A-3)
À beira da estrada nacional 206 no sentido Torre de D. Chama/Vila Nova da Rainha, a cerca de 1 km desta localidade, do lado direito da estrada, encontramos os primeiros vestígios da via XVII a entrar no Concelho de Macedo de Cavaleiros.
Foto-2 – Vestígios da via XVII a montante de Vila Nova da Rainha
É um troço com cerca de 900 metros, que vai desembocar nas primeiras construções que encontramos a poente, pertencentes a Vila Nova da Rainha. Sem preparação construtiva, contudo detectando-se em grande parte do traçado a existência de marcas (carris) dos rodados dos carros no afloramento xistoso.
Foto 3 – Pedras fincadas a ladearem o troço de Vila Nova da Rainha
Este troço tem a particularidade de ser seguir lateralmente à E.N. 206 (sentido Torre D. Chama/Vila Nova da Rainha) como também está a marginado, (na sua margem esquerda, nesse mesmo sentido), por pedras fincadas sendo que na sua margem direita é acompanhado por muro construído de pedra solta sobreposta sem grande rigor, parecendo contudo ser de cronologia mais recente.
Foi feita prospecção aos terrenos envolventes, não tendo sido encontrado quaisquer vestígios ou materiais que se pudessem associar ao período romano. Este troço coincide com o proposto por Rodríguez Colmenero
Vestígios de miliários encontrados em Vila Nova da Rainha
1º Miliário.
Foto 4 – Fragmento de miliário reaproveitado |
Foto 4/A – Miliário de Nozelos com inscrições indecifráveis |
Este fragmento de miliário encontra-se à beira da estrada nacional 206, junto de da entrada para uma propriedade, a cerca de 600m de Vila Nova da Rainha. Não é visível nenhuma inscrição e as marcas de entradas de cunhas com uma cova circular no topo parecem ter sido reaproveitamento em peso de lagar.
2º Miliário
Este miliário, deslocado, é anepígrafo e está a exercer a função de suporte (pilar) de uma varanda numa habitação situada no centro da aldeia de Vila Nova da Rainha. Trata-se de um miliário não referenciado na bibliografia consultada.
Foto 5 – Miliário no centro da aldeia de Vila Nova da Rainha
5.3 Traçado da Capela Nª. Srª das Dores (Vila Nova da Rainha/Lamalonga) (Mapa 1 B e B1)
Foto 6 – Inicio do traçado visível junto à capela NS das Dores
É um traçado com cerca de 1,5km, que ladeia o monte onde se situa a Capela com orago a Nª. Srª das Dores, entra as localidades de Vila Nova da Rainha e Lamalonga. Interrompido por lavra a cerca de 400m da estrada nacional no sentido W-E do seu início.
Apresenta vários sinais de marcas de carris, bem como o seu leito decorre sempre com afloramento geológico à superfície
Neste troço, enquanto Rodríguez Colmenero propõem a sua passagem pela cumeada do monte onde se situa a capela de Nª Srª das Dores, pensamos que há que considerar o caminho que ladeia a cumeada (mais a sul) não só por se mostrar mais plano como também a diferença da distância a percorrer não será mais de 600/700 metros.
Foto 7 – Outro aspecto do troço a sul da Capela NS das Dores
5.4 – Prováveis novos troços (variante?!) detectados entre Lamalonga e Argana (Mapa 1 troços (C, C1, D, D1, D2 e E)
Se bem que não seja definitivo, vários factores há que levar em consideração na detecção dos traçados das vias antigas (anteriores à revolução Industrial), e mormente no caso de vias militares, de transporte de mercadorias, cursus publicus (correio estatal) ou com outros fins, do período romano, é a descoberta de marcos miliários, que quando epigrafados e “in situ” nos dão grande certeza do traçado por ai ter passado, outro factor em consideração é a existência nas proximidades de assentamentos populacionais coevos, ou outros interesses de índole económica, como a exemplo pontos de mineração.
O prolongamento da investigação em direcção à aldeia de Argana, prendeu-se com o facto da existência de várias informação de populares de aí existirem “estradas antigas”. Também o facto de estar ainda hoje presente, na memória popular, de que “Argana” seria em tempos muito antigos “ o centro do mundo” (Áxis Mundi).
Este trajecto levou-nos a pensar na existência de uma ligação à povoação vizinha de Ervedosa, (já no Concelho de Vinhais), grande centro de mineração, na Idade média, mas também com vagas referências à existência de assentamentos pré-históricos e da antiguidade tardia.
Se em Argana encontrámos um fragmento de um miliário anepígrafo, pequeno monolítico, existência que ultrapassa a memória viva dos habitantes da aldeia, e que hoje serve de suporte a uma mesa junto de um tanque de água.
Foto 8 – Fragmento do miliário de Argana, junto ao caminho do Bugio
Também em Ervedosa, se descobriu um outro fragmento de provável miliário, que se encontra a servir de suporte a uma varanda numa habitação sita no centro da aldeia.
Foto 9 – Fragmento de provável miliário em Ervedosa
Topónimo Argana
Sobre o topónimo Argana, retira-se do Elucidário de Viterbo, pp. 564 e 565, a seguinte interpretação: ARGÃA s.f. segundo Corominas do latim angariellae “ serviços de transporte, transporte obrigatório em cavalo ou em carro, a sela de cavalo empregada para esse efeito”, derivaram angarillas (1396) e anguerillas, donde por metátese, saiu a variante arganillas (1378) donde se extraiu arganas ou arguenas (sec XIII)
5.5 – Caminho do Pombal (Mapa 1 D1 e D2)
Este troço nasce junto da entrada sul da aldeia de Argana e estende-se de forma clara por 548m, no sentido sul a caminho de Lamalonga, findo esse troço ele continua mas com características de caminho mais recente, provavelmente por ter sido alvo de intervenção. Troço que vai ligar ao caminho municipal 1048, a cerca de 900m da sede de freguesia, Lamalonga.
Foto 10 – Aspecto do caminho do Pombal – Argana
5.6 – Caminho do Cemitério de Argana (Mapa 1; C e C1)
Troço com as mesmas características do caminho do Pombal, que começando também na saída sul de Argana (por caminho de terra batida) no sentido de Lamalonga, bifurca com o caminho do Pombal, (indo mais por norte), passando defronte ao cemitério da aldeia, prolongando-se por cerca de 1,2 km, ai perdendo-se por lavras de terras, mas que poderia ter a sua continuação em C1 (mapa1), indo terminar justamente frente à Capela de S. João, onde foram encontrados dois marcos miliários.
Foto 11 – final do 1º troço do caminho do Pombal, via cemitério (Mapa 1 C)
5.7 – Caminho do Bugio (Mapa; 1 E1, E2)
Trata-se do troço mais bem conservado de todo o traçado, começa no final Norte do aglomerado populacional de Argana na bifurcação de dois caminhos, um de terra batida que segue em frente, na direcção de Ervedosa e, que foi aberto pelos serviços municipais há escassos anos e outro pela direita, conhecido pelo caminho do bugio em calçada, notando-se nesta, aqui e ali, uma preparação de sub-base assentando no afloramento rochoso. Esta calçada bastante íngreme, começa na cota 562, (GPS) em direcção a E, subindo, até atravessar os limites do Concelho de Macedo e entrar no Concelho de Vinhais, numa extensão de cerca de 1200metros aí, à cota 643 (GPS), atravessando a cumeada sul do Cabeço da Pala da Raposa. Após entrar no termo de Vinhais, passa pelo planalto formado entre O Cabeço das Fontaínhas e o Cabeço da Pala da Raposa, e tomando definitivamente o sentido norte em direcção a Ervedosa.
Para admitir um troço de calçada romana com 6,75% de inclinação, (não sendo caso único, mesmo em espaço Português) teria que existir uma razão (provavelmente económica) muito forte para tal investimento energético. Pensamos que a existência de mineração em Ervedosa não seria estranho a esse interesse.
A este respeito Moreno Gallo na sua obra sobre Vias Romanas afirma “ A efectos práticos, se admite que la resistência al movimento que aparece em rampas positivas es de tantos kilos por tonelada, como por milímetros por metro tiene de pendiente el camino [Escárnio Núñez,J.L.: 1976:32] citado por [Moreno Galllo:2004:37]. Máximo recomendable es hoy y probablemente en el mundo romano 8%, podemos decir que por cada tonelada de peso total aparecem 80kg de força frenado en rampas de esa magnitude [Moreno Gallo; 2004, 38].
Foto 12 – Início da calçada do Bugio – Argana
Foto 13 – outro aspecto da calçada do caminho do Bugio – Argana
5.8 – Troço no termo de Vila Nova da Rainha (Mapa 1 – A, A-1 e A-2)
Este troço pertencia a antiga estrada real que, vindo do Cais do Pinhão, passaria Vila Real, Mirandela, Vila Nova da Rainha, Lamalonga e que se dirigia a Vinhais. É uma obra que decorre nos anos sessenta do século XIX.
“Na sessão da Câmara dos Deputados de 30 de Novembro de 1865 o deputado Júlio Carvalhal Sousa Teles apresentou a seguinte moção: … Renovamos a iniciativa do projecto de lei 140 da Comissão de Obras Publicas, na sessão de 1864 que tem por fim declarar estrada real directa a do Cais do Pinhão a Mirandela, por Alijó e Abreiro, bifurcando-se em Mirandela, para Bragança e Vinhais”. [Alves:1975:220].
Foto 14 -Estrada Real: Ligação da Torre de D. Chama a Vila Nova da Rainha
5.9 – Troço no termo do Concelho de Vinhais (Mapa 1 E-2, E-3)
Troço que dá continuação ao troço E-1, E-2, (analisado em 5.6.). Já sem vestígio de calçada internando-se no termo do Concelho de Vinhais, provavelmente a ligação entre Lamalonga, Argana e Ervedosa, contudo perde-se num souto de castanheiro em terrenos lavrados, já no termo de Ervedosa.
5.10 – Troço Carvalhal (Mapa 1 F1-F2)
Este troço a E de Lamalonga apresenta-se como alternativa ao troço representado na proposta de Rodríguez Colmenero e que seguiria já no termo de Vinhais pelo Cabeço do Marco.
Já no seu final encontramos um marco medieval com as inscrições CA BAR, que interpretamos como fazendo parte de outros existentes no Concelho de Macedo de Cavaleiros e que delimitavam o termo da “ CAza de BARganza ”, tal como aparece escrito em vários textos medievais.
Albino Pereira Lopo, nos seus Apontamentos Arqueológicos, debruça-se sobre a questão avançando porém com outras interpretações, com as quais não estamos de acordo.
Assim, a Páginas 94 e 95 este autor na sua obra, propõe o seguinte:
Sobre “Uma inscrição”
Abundam em diferentes pontos divisórios do seu termo marcos de pedra de granito a que chamam MARRAS, em que se lê a seguinte inscrição.CA BAR
Que ao ser encontrada também em marcos de termos das localidades em volta de Bragança levantou grande discussão a sua interpretação, pois ora queriam que se lesse CABAR, como sendo estas pedras monumentos erguidas à lua que uma tribo árabe adorava sob este nome; ora pretendiam que queria dizer CA (caminho) de Bragança BAR, no tempo em que se escrevia Barganza; ora afirmavam que eram marcos miliários de uma estrada romana e por isso se devia interpretar A. BRAC, isto é tantos mil passos a Braga; ora finalmente opinavam que se devia ler CABAR, como indicando fim de termo, posto que esta palavra não existia na língua Portuguesa. Todas estas considerações desapareceram em virtude de existir junto do CERCADO a que já nos referimos umas grandes fragas de granito que servem de marcos divisórios dos termos de Lamalonga, Nozelos e Torre de D. Chama tendo uma a seguinte inscrição fundamente gravada numa só linha:
BARGA, em que o C parece antes um G. Não resta dúvida que esta inscrição quer dizer BARCA; e que a maneira porque se acha escrita nos marcos ou marras indica apenas um dos modos porque ao tempo se escrevia esta palavra; como tamvém se escrevia conforme se lê no sítio de Mornotas num marco que divide os termos de Santa Comba e Moredo, no Concelho de Bragança que vem assim:
RCA
BA
E outro de Sendas do mesmo Concelho que vem desta forma.
BAR C, em que o A que lhe falta talvez esteja gasto e se não perceba. Desde Longos tempos denominavam BARCAS às fragas ou marcos divisórios dos termos, pois lê-se no nº 23 volume IV da Revista de Portugal de Eça de Queiroz de 1892, num artigo de Alberto Sampaio que vem a páginas 541-542 intitulado As Vilas no norte de Portugal, o seguinte: … que esses marcos (dos romanos) se mantiveram e existiram ainda no período astur-lionês, não pode haver dúvida visto serem mencionados vulgarmente no D(iplomata). Um exemplo bastará. Afonso III doara ao bispo Sabaricus o mosteiro de Dume com os seus territórios per suos terminus antiquos.
No tempo do filho Ordonho II foi necessário por qualquer motivo identificar a demarcação antiga (D-17). Fez-se uma congregatio magna: o bispo apresentou o seu documento, nomearam-se peritos qui solent antiquitum comprovare ; recompor o passado era a preocupação dessa sociedade. Os peritos em presença dos magnates seculares e repetidas vezes petros-fictos, qui ob antico pró termino fueruntr constitutas – archa petrinea ab antiquio constructa- congesta petrina – origem, e outros marcos, como – “ad barca”-, qui sedat sculpta in petra – per scripta, ubi dicet terminum – terra rumeda qui fuit manu facta. São efectivamente sinais de demarcação romana ou arcas, congesta petrinea, a petra sculpta ou scripta, assim como também as pedras fictas e a terra tumeda [Lopo:1987:94,95]
(49) Na epigrafia romana é usual encontrar-se G e C indistintamente, assim como B e V, ainda O em lugar de V, E em lugar de AE, dois II em lugar de E, e U em lugar de I – isto além dos erros provenientes da ignorância dos escravos canteiros, senão dos próprios escreventes.
Foto 15 – Marco de delimitação do termo da Casa de Bragança
6 – Proposta para a recuperação dos traçados a valorizar:
6.1 – Troço A-2, A-3 (a montante de Vila Nova da Rainha)
Troço com cerca de 700 metros que necessita de limpeza dos valados de ambos os lados da calçada e relocalização de algumas pedras fincadas que se encontram caídas. A limpeza desta calçada como em todas as outras deverá cingir-se ao corte de ervas e pequenos arbustos existentes e à limpeza superficial do seu leito
Trabalhos arqueológicos: vemos a necessidade de se proceder a uma ou duas sondagens com o objectivo de se detectar o eventual método construtivo desta calçada, visto a espaços apresentar-se com alguma potência estratigráfica e colocar-nos algumas dúvidas sobre a sua originalidade.
Sinalética: Pensamos ser necessário neste troço a colocação de 5 painéis indicativos, dois na estrada nacional 206, um no sentido O/E antes de chegar a Vila Nova da Rainha vindo no sentido de torre de D. Chama e outro no sentido E/O, vindo de Lamalonga e antes da chegada a aldeia de Vila Nova da Rainha. Uma outra sinalética a meio da calçada onde existe uma bifurcação de caminho e os outros dois painéis já dentro da aldeia a encaminhar o visitante para a calçada.
6.2 – Troço B (troço que ladeia por sul o monte onde se situa a capela de Nª Srª das Dores).
Troço com cerca de 800 metros no qual se deve aplicar o mesmo método de limpeza indicado em 6.1.
Sinalética. Pensamos necessitar de 4 placas sinalizadoras, visto no seu início a O acabar a cerca de 300 metros da E.N. 206 havendo necessidade de indicação da localização calçada, não só aí, como na estrada nacional. No seu início por O existe uma bifurcação para a subida do monte em direcção à Capela da Nª S. das Dores que convém sinalizar assim como à entrada do traçado na E.N.206
6.3 Troço D-D1 (Caminho do Pombal – Argana)
Troço com 550 metros, onde a sua limpeza deve obedecer à metodologia que se indica em 6.1.
Sinalética: serão necessárias 6 placas indicativas. Duas no cruzamento da estrada nacional 206 com a estrada municipal 1048 direccionada a Argana. À entrada desta localidade haverá necessidade de colocar uma placa indicativa de duplo sentido da existência da calçada, já que a designada, pelo caminho do Pombal, tem o seu início a sul da Aldeia e a calçada designada pelo caminho do Bugio tem acesso pela saída norte de Argana.
Uma outra placa neste troço a ser localizada na bifurcação deste com o caminho do cemitério, havendo ainda necessidade de uma sexta plana indicativa no final do troço.
6.4 Troço do caminho do Bugio (E-1 a E-2)
Trata-se da calçada mais longa (com cerca de 1200m) e bem conservada de todo o circuito. Pensamos necessitar para além de limpeza de uma intervenção no sentido de se reconstruir cerca de 20 a 30 metros do início do troço que se encontra em estado bastante deteriorado o qual devido à sua grande inclinação terá tendência a curto prazo de desaparecer alguma da sua sub capa, ainda existente.
Quanto à limpeza do leito e valados da calçada usar-se-á a mesma metodologia como indicado em 6.1.
Sinalética: Necessitará duas placas sinalizadoras no início e final da calçada.
7- Relação do património existente nas imediações do troço da via XVII que atravessa o concelho de Macedo de Cavaleiros, Freguesia de Lamalonga e suas anexas, Vila Nova da Rainha, Fornos de Ledra e Argana.
Vila Nova da Rainha
1 – Igreja Matriz
(Igreja Matriz, 1791)
Tipo de sítio: Igreja
Distrito: Bragança
Concelho: Macedo de Cavaleiros
Freguesia: Vila Nova da Rainha
Cronologia: Moderno/Contemporâneo
Uso: Culto
Vegetação: sem vegetação
Visualização na paisagem: destacada na paisagem
Estado de Conservação: bem conservado
2 – Fonte de Mergulho
Tipo de sítio: Fonte de mergulho
Distrito: Bragança
Concelho: Macedo de Cavaleiros
Freguesia: Vila Nova da Rainha
Cronologia: Contemporâneo
Vegetação: sem vegetação
Visualização na paisagem: diluído na paisagem
Estado de Conservação: moderadamente conservado
3- Forno CNS 10542
Nota: Dados extraídos do texto carta arqueológica do Concelho de Macedo de Cavaleiros campanha 1/2004, volume 2 dos cadernos Terras Quentes (Mendes (Coord): Caetano e Madeira2004, 5-19
Aspecto do leito do forno
Topónimo: Salgueiro
Coordenadas:
Longitude (W) 07º 06’ 20’’
Latitude (N) 41º40’ 50’’
Gauss:
X (p): 285545
Y (m):524000
Divisão Administrativa: Bragança, Macedo de Cavaleiros, Lamalonga
Tipo de sítio: Forno
Período cronológico: Romano
Tipo de Implantação: Localiza-se numa área sem proeminência visual e nas imediações de uma linha de água
Descrição: Trata-se de um forno de forma rectangular, relativamente bem conservado, acabado por quatro paredes de pedra granítica aparelhada. No seu interior ainda é perceptível uma divisão estrutural de características romanas, composta por baixo, por uma câmara de combustão com a boca a SE e, por sua vez, em cima, uma câmara de cozedura ainda com a grelha de argila cozida a cobrir toda a área do interior e em bom estado de conservação.
No entanto, não foi possível obter dados mais concretos em relação à câmara de aquecimento, nem recuperar qualquer vestígio arqueológico que pudesse auxiliar numa melhor caracterização do forno, pelo que atendendo às suas características deve-se enquadrar na categoria II da tipologia os fornos proposta por Beltrán Lloris (1990:25-26)
4 – Nome: Miliário de Vila Nova da Rainha 1
Tipo de sítio: Marco Miliário
Distrito: Bragança
Concelho: Macedo de Cavaleiros
Freguesia: Vila Nova da Rainha
Cronologia: Romano
Coordenadas geográficas:
X: 41°40°750 N
Y: 007°06°3810 O
Z: 435M
Descrição: Marco Miliário de forma sub-circular, apresentando um dos lados destruídos. Tem cerca de 1,76 m de altura e de momento tem como função a sustentação de uma varanda numa casa da localidade em questão. Não apresenta campo epigráfico.
Geologia: Granitos
Vegetação: sem vegetação
Visualização na paisagem: diluído na paisagem
Estado de Conservação: moderadamente conservado
5 – Nome: Miliário de Vila Nova da Rainha 2
Tipo de sítio: Marco miliário
Distrito: Bragança
Concelho: Macedo de Cavaleiros
Freguesia: Vila Nova da Rainha
Cronologia: Romano (?)
Coordenadas geográficas:
X: 41°41.789 N
Y: 007°05.979 O
Z: 470 m
Descrição:
Marco miliário de forma troncónica em granito, com cerca de 53 cm de altura e 2.34 de diâmetro. Não apresenta qualquer tipo de inscrição. Poderá ter sido reutilizado como uma mó, devido à presença de ranhuras laterais. Apresenta ainda uma abertura circular no seu interior, que também poderá estar relacionada com a sua reutilização, assim como várias circunferências em seu redor.
De momento encontra-se à entrada de uma propriedade com acesso pela estrada nacional.
Geologia: Granitos
Vegetação: Vegetação rasteira
Inserção na paisagem: destaca-se moderadamente na paisagem
Estado de Conservação: moderadamente conservado
6- Cruzeiro do Circo
Tipo de sítio: Cruzeiro
Distrito: Bragança
Concelho: Macedo de Cavaleiros
Freguesia: Vila Nova da Rainha
Cronologia: Moderno/Contemporâneo
Coordenadas geográficas:
X: 41º40º288N
Y: 007º06º817º
Z: 432m
Descrição: Cruzeiro composto por um único bloco talhado em granito. Está colocado em cima de um outro bloco talhado de forma a formar degraus a partir do substrato geológico.
Geologia: Granitos
Vegetação: Sem vegetação
Visualização na paisagem: Destaca-se bem na paisagem
Estado de Conservação: Bom
Lamalonga
7- Capela Nª Srª das Dores
Tipo de sítio: Capela
Distrito: Bragança
Concelho: Macedo de Cavaleiros
Freguesia: Lamalonga
Cronologia: Moderno/Contemporâneo
Coordenadas Geográficas:
X: 41º40º750N
Y: 007º05º381O
Z: 530m
Uso: culto
Geologia: Granitos
Vegetação: rasteira
Visualização na paisagem: destaca-se bem na paisagem
Estado de Conservação: moderado
8- Igreja Matriz
(Igreja Matriz – Lamalonga) Imóvel de Interesse
Público por despacho de 4 de Junho de 1999)
(em vias de classificação)
NOTA: Informação recolhida na obra Macedo de Cavaleiros, Cultura Património e Turismo -contributos para um programa integrado (Mendes:2005:456-458)
Protecção
Em vias de classificação
Enquadramento
Rural, meia encosta, isolado. Situado em posição sobranceira ao ribeiro da Pombeira, no centro de um adro limitado por muros de alvenaria encimados por gradeamento de ferro. Os acessos fazem-se por S., por 2 portões gradeados de ferro, e por O., através de dois lanços de escadas colocados perpendicularmente ao eixo principal da igreja. A S. existe um muro em cantaria de granito com um portal.
Descrição
Planta composta, com nave longitudinal, capela-mor rectangular, mais elevada, sacristia e baptistério, quadrangulares, adossados a N. Volumes articulados, com coberturas de 2 águas na nave e capela-mor e de 1 água na sacristia e baptistério. Fachada principal, orientada a O., em cantaria de granito, com pilastras nos cunhais e terminada em empena truncada por sineira com dois vãos plenos. Pináculos nos cunhais e no topo do campanário. Portal simples, de verga recta com moldura, sobrepujado por frontão triangular interrompido, tendo no tímpano nicho de arco pleno, com decoração em concha e imagem de Santo António; sobre o frontão uma epígrafe com a inscrição “Esta obra a fes sebastian cava… ano de 1767”. Dos lados e sobre o frontão 3 óculos circulares. Os alçados laterais, com pilastras nos cunhais sobrepujados por pináculos, mostram uma porta no lado N. e janelas de vão recto sem decoração. No interior, nave única com coro-alto de madeira pintada assente em mísulas, com a data de 1768, púlpito quadrangular com baldaquino facetado do lado do Evangelho, com acesso pelo exterior da nave, e um confessionário de cada lado. As janelas, portas e confessionários estão revestidos com talha pintada e dourada. Sobre as janelas com capialço pintado e, ao lado, tela com legenda inferior. O arco triunfal é totalmente revestido com talha dourada e possui dois altares colaterais em talha dourada. Sobre o arco organizam-se pequenos nichos com grupos escultóricos em talha, representando a Epifania. O tecto é constituído por 55 caixotões em madeira, pintados com figuras da hagiologia católica. Capela-mor com o tecto e as paredes laterais revestidas de caixotões de madeira pintados com motivos vegetalistas, tendo os elementos arquitectónicos sublinhados a talha dourada e polícroma; janela rectangular no paramento S. Altar-mor em talha dourada com motivos predominantemente vegetalistas, sacrário e trono central, entre colunas pseudo-salomónicas. Baptistério de planta quadrangular, com acesso pela nave, pia baptismal de grandes dimensões, em granito, rústica; tecto em abóbada de berço, de madeira, pintado com a cena do “Baptismo de Jesus por São João Baptista”, janela rectangular virada a O.
Utilização Inicial
Cultual
Utilização Actual
Cultual
Propriedade
Privada: Igreja Católica
Época de Construção
séc. 18
Arquitecto / Construtor / Autor
Sebastian Cava… (construtor)
Cronologia
1767 – data de conclusão da igreja inscrita na fachada principal; 1768 – data inscrita na talha do coro-alto e numa pintura na nave; 1999, 4 Junho – despacho de abertura do processo de classificação.
Tipologia
Arquitectura religiosa, barroca. Igreja barroca de planta longitudinal e nave única, com frontaria terminada em empena truncada por dupla sineira e interior decorado com talha e pintura polícroma da 2ª metade do séc. 18, em estilo nacional e rococó, integrando-se a capela-mor e a parede testeira da nave no conceito designado por igreja “toda de ouro”, com tectos em caixotões pintados.
Características Particulares
Contraste entre a simplicidade das linhas exteriores e a riqueza decorativa interior, pela qual se salienta devido à talha de elevado valor artístico e do revestimento dos tectos em caixotões de madeira pintados.
Dados Técnicos
Estrutura autoportante.
Materiais
Alvenaria rebocada, cantaria de granito, cobertura em telha, talha, madeira policromada, estuque nas paredes interiores, pavimentos em lajeado de granito e tectos de madeira.
Bibliografia
PIRES, Armando, O Concelho de Macedo de Cavaleiros, Bragança, 1963.
Intervenção Realizada
Comissão Fabriqueira: 90, início da década – obras de recuperação das fachadas e arranjo do adro.
Observações
*1 – A. Pires (1963: 46) refere como orago da igreja, Santa Epifania. Trata-se de uma confusão com o facto do orago ser Nossa Senhora dos Reis cuja festa está ligada à da Epifania, popularmente Festa dos Reis, em 6 de Janeiro.
Autor e Data
Paulo Amaral / Miguel Rodrigues 1997
9- Cruzeiro
(Cruzeiro Padrão – 1940 – Lamalonga)
Tipo de sítio: Cruzeiro
Distrito: Bragança
Concelho: Macedo de Cavaleiros
Freguesia: Lamalonga
Cronologia: Contemporâneo
Geologia: Granitos
Visualização na paisagem: destaca-se bem na paisagem
Estado de Conservação: bom
10-Cabeço dos Mouros
Estrutura encaixada no geológico.
Nota: Dados extraídos do texto carta arqueológica do Concelho de Macedo de Cavaleiros campanha 1/2004, volume2 dos cadernos Terras Quentes (Mendes (Coord): Caetano e Madeira2004, 5-19)
Topónimo: Cabeço dos Mouros
Coordenadas Geográficas:
Longitude (W) – 07º 07´ 27´´
Latitude (N) – 41º 41´ 35´´
Gauss:
X (p): 283980
Y (m): 525345
Divisão Administrativa: Bragança, Macedo de Cavaleiros, Lamalonga.
Tipo de Sítio: Povoado Fortificado.
Período Cronológico: Idade do Ferro.
Tipo de Implantação: Cabeço pouco proeminente sobranceiro à zona de confluência da ribeira de Fornos com o rio Tuela, caracterizando como uma área de forte irrigação onde abundam lameiros. Na vertente oriental, e portanto, oposta a esta zona de confluência verifica-se topograficamente uma maior suavidade de relevo, traduzindo-se num acesso mais facilitado. O topo é caracterizado por um afloramento constituído por grandes blocos graníticos.
Descrição: O seu tipo de implantação possui um controlo visual restrito praticamente apenas ao espaço limítrofe mas reveste-se de excelentes condições de defensibilidade natural, excepto na vertente oriental que forma, por sua vez, uma área de contacto com a plataforma em que se insere o sítio do Terrioulo. Tal fragilidade é compensada pela existência de duas linhas amuralhadas, das quais se conservam ainda vestígios estruturados e respectivos derrubes, pelo que, detectou-se a sua inserção directa sobre o afloramento rochoso aproveitando-o para a sua consolidação. Porém não foi possível verificar todo o envolvimento das duas cinturas no cabeço devido à intensa arborização.
Na vertente Sul do topo, detectaram-se estruturas transversais e paralelas à primeira e segunda linha de muralhas que assentam directamente sobre o afloramento granítico. Saliente-se a existência na base deste mesmo afloramento de três covas, cuja natureza é indeterminada.
Com particular destaque, no topo do cabeço regista-se a presença de uma pia de forma rectangular, com vertedor orientado a Norte, escavada num grande bloco de granito. Para além desta, foram detectadas mais três pias: uma ovalóide na vertente Oeste, com um pequeno orifício num dos seus lados. Outra pia na vertente Sul, de forma rectangular, escavada no afloramento destacado da segunda linha de muralha que está por sua vez adossada ao geológico. Por último, na vertente SE, constatou-se outra pia também de forma rectangular, embora de menores dimensões. Contudo, não se encontraram associadas às pias «pequenas escadas» referido na base de dados do IPA.
11-Facho de Lamalonga
Talude de pedra da possível atalaia a Oeste.
Nota: Dados extraídos do texto carta arqueológica do Concelho de Macedo de Cavaleiros campanha 1/2004, volume2 dos cadernos Terras Quentes (Mendes (Coord): Caetano e Madeira2004, 5-19.
Topónimo: Facho
Coordenadas: Geográficas:
Longitude (W) – 07º 05´ 13´´
Latitude (N) – 41º 40´ 04´´
Gauss:
X (p): 287108
Y (m): 522580
Divisão Administrativa: Bragança, Macedo de Cavaleiros, Lamalonga.
Tipo de Sítio: Atalaia.
Período Cronológico: Idade Média.
Tipo de Implantação: Implanta-se numa arriba de colinas suaves, com um amplo domínio visual proporcionado pelo seu posicionamento em relevo de alta altitude. Trata-se de uma área de forte exploração agrícola.
Descrição: Neste sítio georeferenciado não detectámos qualquer evidência, nem material nem estrutural, óbvia de uma atalaia medieval, apenas existe a referência toponímica avançada por Joaquim Neto (1975: 237). A prospecção apenas revelou um pequeno talude de base pétrea (Foto 1) e alguns alinhamentos (Foto 2) e derrubes de estruturas (Foto 3) que temos dificuldade em considerar como sendo parte integrante da referida atalaia, pois podem ser muros de divisão de propriedade.
12- Fonte de Mergulho de Lamalonga
Tipo de sítio: Fonte de mergulho
Distrito: Bragança
Concelho: Macedo de Cavaleiros
Freguesia: Lamalonga
Cronologia: Contemporâneo
Geologia: Granitos
Visualização na paisagem: diluído na paisagem
Estado de Conservação: mau estado
13- Fontanário
(Fontanário – Lamalonga)
Tipo de sítio: Fontanário
Distrito: Bragança
Concelho: Macedo de Cavaleiros
Freguesia: Lamalonga
Cronologia: Contemporâneo
Geologia: Granitos
Visualização na paisagem: saliente na paisagem
Estado de Conservação: razoável estado
14- Capela de S. João
Tipo de sítio: Capela
Distrito: Bragança
Concelho: Macedo de Cavaleiros
Freguesia: Lamalonga
Cronologia: Contemporâneo
Coordenadas geográficas
X: 41º40º798N
Y: 007º04º809º
Z: 574m
Geologia: Granitos
Uso: Culto
Visualização na paisagem: saliente na paisagem
Estado de Conservação: razoável estado
15- Marco da Coutada
Tipo de sítio: Marco de propriedade (?)
Distrito: Bragança
Concelho: Macedo de Cavaleiros
Freguesia: Lamalonga
Cronologia: desconhecido
Coordenadas geográficas
X: 41º40º949N
Y: 007º04º097º
Z: 582m
Descrição: Possível marco de propriedade em granito de secção trapezoidal.
Apresenta 3 cruzes cristãs gravadas nas faces Este, Sul e Oeste. Estas cruzes medem cerca de 24 por 16cm.
O bloco em que estas foram gravadas apresenta ainda alguns veios naturais de quartzo
Geologia: Granitos.
Vegetação: Vegetação rasteira
Inserção na paisagem: destaca-se bem na paisagem
Estado de conservação: encontra-se bem conservado
Proposta de recuperação: Apesar de não aparentar estar ligado ao traçado da Via XVII do traçado de Antonino em Macedo de Cavaleiros, propõe-se que este seja incluído no circuito pela sua proximidade com o elemento patrimonial nº 1 sem que no entanto seja removido da sua posição original.
16- Marco do Vilarinho
Distrito: Bragança
Concelho: Macedo de Cavaleiros
Freguesia: Lamalonga
Cronologia: Moderno/Contemporâneo
Coordenadas geográficas
X: 41º41º700N
Y: 007º04º141O
Z: 652m
Descrição: Bloco de granito de faces irregulares, com cerca de 1.10m de altura e de forma sub-rectângular. Apresenta uma face Oeste gravada com as palavras CA/BAR.
Aparente ter sido utilizado como marco delimitador do termo da Casa de Bragança.
Geologia: Granitos
Vegetação: Arbustos densos
Visualização na paisagem: destaca-se medianamente na paisagem
Estado de Conservação: moderado
17- Marco Miliário da Capela de S. João (1)
Foto (Lopo:1987;96)
Tipo de sitio: Marco Miliário
Distrito: Bragança
Concelho: Macedo de Cavaleiros
Freguesia: Lamalonga
Cronologia: Romano
Descrição: Marco miliário de forma cilíndrica, ligeiramente mais largo no topo do que na base, com cerca de 1,72m de altura e 60cm de diâmetro. A inscrição ocupa a parte superior da superfície cilíndrica.
“ Ao Imperador Flávio Valério Constâncio […], nobilíssimo César”
Foi identificado a sudoeste do adro da capela de S. João e encontra-se depositado actualmente no museu Abade de Baçal em Bragança.
Geologia: Granitos
Estado de Conservação: deficiente
18- Miliário da Capela de S. João (2)
Foto (Lopo:1987;96)
Tipo de sitio: Marco Miliário
Distrito: Bragança
Concelho: Macedo de Cavaleiros
Freguesia: Lamalonga
Cronologia: Romano
Descrição: Marco Miliário de forma cilíndrica, com cerca de 1,66 de altura e 48cm de diâmetro. Não apresenta campo epigráfico. Foi também descoberto a sudoeste do Átrio da Capela de S. João. Após a sua descoberta, ficou a servir de apoio a uma varanda, tendo sido destruído na década de 70 do século XX, quando a mesma foi remodelada.
Geologia: Granitos
19- Miliário da Carvalhal
Tipo de sitio: Marco Miliário
Distrito: Bragança
Concelho: Macedo de Cavaleiros
Freguesia: Lamalonga
Cronologia: Romano
Coordenadas geográficas:
X: 41º41.012N
Y: 007º04.025º
Z: 573m
Descrição: Marco miliário de forma semicilíndrica em granito, com cerca de 1.90m de altura e 1,40m de diâmetro na sua parte mais grossa. Não apresenta nenhum tipo de epígrafe. Em relação ao seu estado de conservação, este elemento apresenta-se já ligeiramente partido na parte superior Norte.
De momento este elemento está a ser utilizado como limite de propriedade contíguo à estrada nacional. Contactada a proprietária do terreno sobre a origem deste miliário a mesma informou que este foi deslocado de uma habitação da qual é proprietária situada defronte à Igreja de Lamalonga, não sabendo a sua posição original.
Geologia: Granitos
Vegetação: Vegetação rasteira
Inserção na paisagem: destaca-se bem na paisagem
Estado de Conservação: moderadamente conservado
20-Terrioulo
Foto 1. Perspectiva do sítio a Oeste.
Nota: Dados extraídos do texto carta arqueológica do Concelho de Macedo de Cavaleiros campanha 1/2004, volume2 dos cadernos Terras Quentes (Mendes (Coord): Caetano e Madeira (2004, 5-19).
Topónimo: Lameirãos.
Coordenadas Geográficas:
Longitude (W) – 07º 07´ 13´´
Latitude (N) – 41º 41´ 38´´
Gauss:
X (p): 284300
Y (m): 525445
Divisão Administrativa: Bragança, Macedo de Cavaleiros, Lamalonga.
Tipo de Sítio: Habitat.
Período Cronológico: Romano.
Tipo de Implantação: O presente sítio circunscreve-se numa área de relevo pouco acentuado, sem controlo visual significativo e em terras de cultivo agrícola, tendo na sua vertente Este a proximidade com o cabeço do Cabeço dos Mouros que, por sua vez, se debruça sobre a ribeira de Fornos.
Descrição: A estação evidencia uma aparente destruição, facto este comprovado pela despedrega da área e a constituição de um entulho composto por pedras e pela dispersão de material de construção romano na área circundante. Atendendo às características de implantação e do potencial agrícola daquela zona, não nos parece despropositado definir aquele tipo de ocupação como sendo correspondente ao de uma villa romana.
Argana
21- Miliário de Argana
Tipo de sitio: Marco Miliário
Distrito: Bragança
Concelho: Macedo de Cavaleiros
Freguesia: Lamalonga
Cronologia: Romano
Coordenadas geográficas:
X: 41º41.821N
Y: 007º04.763O
Z: 566m
(Fragmento do miliário de Argana em Setembro de 2005)
(Fragmento do miliário de Argana em 1 de Novembro de 2005,tombado provavelmente causado pelo escorregamento de terras devido às chuvas)
Descrição: Marco miliário de forma cilíndrica, com cerca de 1,82 de diâmetro e 43cm de altura. Encontra-se partido e não apresenta qualquer tipo de campo epigráfico. De momento está a ser utilizado como base para uma mesa no quintal de uma casa na mesma localidade, e defronte ao início da calçada do Bugio.
Geologia: Granitos
Vegetação: sem vegetação
Inserção na paisagem: destaca-se medianamente na paisagem
Estado de Conservação: deficiente
22- Igreja Matriz
Tipo de sítio: Igreja
Distrito: Bragança
Concelho: Macedo de Cavaleiros
Freguesia: Lamalonga
Lugar: Argana
Cronologia: Moderno/Contemporâneo
Geologia: Granitos
Uso: Culto
Visualização na paisagem: saliente na paisagem
Estado de Conservação: razoável estado
23 -Fonte de Mergulho 1
Tipo de sítio: Fonte de mergulho
Distrito: Bragança
Concelho: Macedo de Cavaleiros
Freguesia: Lamalonga
Lugar: Argana
Cronologia: Contemporâneo
Geologia: Granitos
Visualização na paisagem: diluído na paisagem
Estado de Conservação: deficiente, a necessitar de intervenção
24- Fonte de Mergulho 2
Tipo de sítio: Fonte de mergulho
Distrito: Bragança
Concelho: Macedo de Cavaleiros
Freguesia: Lamalonga
Lugar: Argana
Cronologia: Contemporâneo
Geologia: Granitos
Visualização na paisagem: saliente na paisagem
Estado de Conservação: deficiente, a necessitar de intervenção
Fornos de Ledra
25- Convento
Vista da empena lateral N do Convento
Pormenor do estado de degradação do edifício
Tipo de sítio: (Antigo) Convento
Distrito: Bragança
Concelho: Macedo de Cavaleiros
Freguesia: Lamalonga
Lugar: Fornos de Ledra
Cronologia: Moderno/Contemporâneo
Uso: Abandono
Visualização na paisagem: saliente na paisagem
Estado de Conservação: deficiente, a necessitar de intervenção
26 – Fonte de mergulho
Tipo de sítio: Fonte de mergulho
Distrito: Bragança
Concelho: Macedo de Cavaleiros
Freguesia: Lamalonga
Lugar: Fornos de Ledra
Cronologia: Contemporâneo
Geologia: Granitos
Visualização na paisagem: saliente na paisagem
Estado de Conservação: bom estado
27 – Igreja Matriz
Tipo de sítio: Igreja
Distrito: Bragança
Concelho: Macedo de Cavaleiros
Freguesia: Lamalonga
Lugar: Fornos de Ledra
Cronologia: Moderno/Contemporâneo
Geologia: Granitos
Visualização na paisagem: saliente na paisagem
Estado de Conservação: Bom estado
9- Bibliografia
AAVV
Cadernos”Terras Quentes” nº 2
Edições ATQ/CMMC, 2005, Macedo de Cavaleiros
Alves, Francisco Manuel
Memórias arqueológico-Históricas do Distrito de Bragança
Tomo IX, Reedição do Museu do Abade de Baçal, 1975, Bragança
Árias, Gonzalo
Los caminos del duumviro Lépidus y otras vías romanas
Repertorio de caminos de la Hispania romana, 2004. s.l.
Árias, Gonzalo
Catálogo de vias romanas e caminos milenarios de Hispania
El Miliário Extravagante, nº 91, 2004, Málaga
Barradas, Lereno A. Engº Agrónomo
Vias Romanas das regiões de Chaves e Bragança
Revista Guimarães s.d. s.l.
Caamaño Gesto, José Manuel
El trazado de la Vía 18 del Itinerario de Antonino en Galicia
Cadernos de Arqueologia, Série II, 12-13, 1995-96, pp.45-87, Porto
D’Encarnação José
Miliários da Geira: informação e propaganda
Cadernos de Arqueologia, Série II, 12-13, 1995-96, pp39-43, Porto
Lemos, Sande e Baptista, António Martinho
Estudo de um troço da Via XVIII do Itinerário de Antonino na serra do Gerês (a Geira Romana)
Cadernos de Arqueologia, Série II, 1995, pp. 113-133, Porto
Maciel, Tarcísio e Maciel M. Justino
Estradas Romanas no Território de Vinhais (a antiga rede viária e as suas pontes)
Câmara Municipal de Vinhais (Gabinete de Arqueologia e Património)
Empresa do Douro do Minho, Lda., 2004,Vinhais.
Mendes, Carlos Alberto Santos
Macedo de Cavaleiros, Cultura Património e Turismo, contributos para um programa integrado.
Edições ATQ/CMMC, 2005 Macedo de Cavaleiros
Moreno Gallo, Isaac
Vías Romanas, Ingeniería y Técnica Constructiva
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Lopo, Albino dos Santos Pereira
Apontamentos Arqueológicos, Instituto Português do Património Cultural
Braga, Julho de 1987
Rodríguez Colmenero, Antonio; Ferrer Sierra, Santiago; Assorey D.Álvarez, Rubén
Miliários e outras Inscricións Viárias Romanas do Noroeste Hispánico (Conventos Bracarense, Lucense e Asturicense)
Consello da Cultura Galega (Sección de Património Histórico), Colección Gran Formato Grafic-Lugo, S.L. 2004 España.
Rodríguez Colmenero, Antonio
Mansiones y mutaciones en la Vía Nova (XVIII del Itinerario de Antonino)
Cadernos de Arqueologia, Série II 12-13, 1995-96, pp. 89-112, Porto
Saa, Mario
As grandes vias da Lusitânia – O Itinerário de Antonino Pio
Livro 1, s. Ed., 1967, s.l.
Santos Yangyas, Narciso y Emílio Cartes
Vías de Comunicacion y romanizacion del Occidente de Asturias
II Congresso Peninsular de História Antiga, Coimbra, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, Instituto de Estudos Clássicos, Instituto de Arqueologia,
1993, Coimbra.
Viterbo, Frei Joaquim de Santa Rosa de
Elucidário Tomo I reimpressão, Livraria Civilização, 1993,Porto
Elementos cartográficos
Carta Militar de Portugal, nº 49, escala 1:25.000, edição 1967
Serviços Cartográficos do Exercito, Lisboa.
Carta Militar de Portugal, nº 49, escala 1:25.000, Série 888 Edição 2
Serviços Cartográficos do Exercito, 1996, Lisboa.
Guia turístico do Norte,
Mapa do Nordeste Transmontano, Escala 1.240.000
S.d., e s.l.
Instituto Nacional de Gestão Agrária
Delegação de Macedo de Cavaleiros
Fotografia de Satélite, Vilarinho de Agrochão, Agrochão, Lamalonga, Argana, Vila Nova de Rainha, Fornos de Ledra e Ervedosa. 2004.
[1] Licenciado em História Variante de Arqueologia pela F.L.U.L. e responsável pelo projecto Terras Quentes.